Em 868 os chineses imprimiram o
Sutra de Diamante o mais antigo livro ilustrado conservado no Bristish Museum.[1] O Diário de Pequim jornal impresso em
908 usava blocos de madeira.[2] Entre 1045 o ferreiro chinês Pi Sheng inventou o tipo móvel de porcelana[3] para impressão de textos ao usar caracteres isolados sobre pedaços de argila e
cozidos no forno até se tornarem extremamente duros. Ele misturava resina de
cera e cinzas de papel e colocava a mistura sobre uma placa plana de aço. Os
caracteres, representados por seus respectivos tipos móveis eram colocados na
placa plana de aço na ordem correta. A placa era posteriormente colocada no
fogo para derreter a cera ligeiramente, de modo que ao ser pressionada por um
painel com os tipos organizados, os tipos na placa adeririam à placa de aço
plana com cera amolecida. O primeiro registro desta invenção foi feito por Shen
Kua no livro Ensaios da piscina de sonhos
de 1086.[4] O primeiro sistema de tipos móveis prático feitos em madeira data do século
XIII invenção do magistrado chinês Wang
Chen.[5] A técnica de tipos móveis por sua vez já era conhecida dos japoneses budistas
do século IX e pelos coreanos. Durante a invasão da Coreia pelos mongóis em
1230, os blocos de impressão de madeira usados para imprimir as escrituras
budistas foram queimados o que levou ao desenvolvimento dos tipos móveis em
moldes de bronze fundido, como forma de preservar as escrituras.
[1] IANNACCONE, Isaia.
Ciência e técnica na China. In: ECO, Umberto. Idade média: bárbaros, cristãos e
muçulmanos, v.I, Portugal:Dom Quixote, 2010, p.483
[2]MELLO, José Barboza.
Síntese histórica do livro. Rio de Janeiro:Ed. Leitura, 1972, p. 227
[3] READERS'S DIGEST. Da
idade do ferro à idade das trevas: de 1200 a.c. a 1000 d.c, Rio de Janeiro,
2010, p.129
[4] TERESI, Dick.
Descobertas perdidas, São Paulo:Cia das Letras, 2008, p.353; CHILDRESS, David
Hatcher. A incrível tecnologia dos antigos, São Paulo:Aleph, 2005, p. 29
[5] GIES,
Frances & Joseph. Cathedral, forge and waterwheel, New York: Harper
Collins, 1994, p. 83
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