quinta-feira, 6 de maio de 2021

A epidemia e o crescimento de São Paulo

 

A partir de 1850 irá se intensificar a modernização da indústria do café. Segundo Richard Graham “o vibrante e ruidoso movimento da maquinaria industrial era agora o que caracterizava as grandes fazendas, em franco contraste com o atraso técnico geral verificado antes dessa época”.[1] As fazendas do Oeste paulista ganharam destaque com o impulso das ferrovias como a estrada de ferro de Santos Jundiaí construída por Irineu Evangelista (1860)[2] conhecida como “A inglesa”, Jundiaí Campinas (1870), a Companhia Paulista de Estradas de ferro que ligava Campinas à Catanduva e a Companhia Mogiana de Estradas de ferro que liga Campinas à Ribeirão Preto e Franca de 1875.[3] Segundo Roberto Pompeu: “o trem e o café foram irmãos siameses a irromper na história de São Paulo” pelo qual iniciou-se a arrancada de desenvolvimento paulista. Roberto Pompeu mostra que a produção de café da região de Campinas escoava no porto de Santos sendo que a ferrovia passava por São Paulo firmando-se como núcleo de onde convergias os diferentes trilhos para o interior e que como num funil desciam s serra para o litoral. Surtos de febre amarela em Santos e Campinas no final dos anos 1880 o que fez muitos membros da elite local destas cidades a procurarem refúgio em São Paulo. [4]



[1] GRAHAM, Richard. Grã Bretanha e o início da modernização no Brasil 1850-1914, Rio De Janeiro: Brasiliense, 1973, p. 53

[2] TOLEDO, Roberto Pompeu de. A capital da solidão, Rio de Janeiro: Objetiva, 2012, p. 389

[3] LAPA, José Roberto do Amaral. A economia cafeeira. São Paulo:Brasiliense, 1983, p.93

[4] TOLEDO, Roberto Pompeu de. A capital da solidão, Rio de Janeiro: Objetiva, 2012, p. 395



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