A
partir de 1850 irá se intensificar a modernização da indústria do café. Segundo
Richard Graham “o vibrante e ruidoso
movimento da maquinaria industrial era agora o que caracterizava as grandes
fazendas, em franco contraste com o atraso técnico geral verificado antes dessa
época”.[1] As
fazendas do Oeste paulista ganharam destaque com o impulso das ferrovias como a
estrada de ferro de Santos Jundiaí construída por Irineu Evangelista (1860)[2] conhecida como “A inglesa”, Jundiaí Campinas (1870), a Companhia
Paulista de Estradas de ferro que ligava Campinas à Catanduva e a Companhia
Mogiana de Estradas de ferro que liga Campinas à Ribeirão Preto e Franca de
1875.[3] Segundo Roberto Pompeu: “o trem e o café foram irmãos siameses a irromper na
história de São Paulo” pelo qual iniciou-se a arrancada de desenvolvimento paulista.
Roberto Pompeu mostra que a produção de café da região de Campinas escoava no
porto de Santos sendo que a ferrovia passava por São Paulo firmando-se como
núcleo de onde convergias os diferentes trilhos para o interior e que como num
funil desciam s serra para o litoral. Surtos de febre amarela em Santos e
Campinas no final dos anos 1880 o que fez muitos membros da elite local destas
cidades a procurarem refúgio em São Paulo. [4]
[1] GRAHAM, Richard. Grã
Bretanha e o início da modernização no Brasil 1850-1914, Rio De Janeiro:
Brasiliense, 1973, p. 53
[2] TOLEDO, Roberto Pompeu de. A capital da solidão, Rio de Janeiro: Objetiva, 2012,
p. 389
[3] LAPA, José Roberto do
Amaral. A economia cafeeira. São Paulo:Brasiliense, 1983, p.93
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