No século VI os artesãos chineses descobriram que o feldspato poderia ser misturado na cerâmica, resultando em um tipo primitivo de porcelana [1]. Em 2012 o arqueólogo Ofer Bar-Yosef, da Universidade de Harvard encontraram no sul da China fragmentos de um pote de 20 centímetros de altura e de 15 a 25 centímetros de diâmetro com cerca de 20 mil anos de idade que acredita-se ser usado para cozinhar em caldeirões.[2] A técnica de porcelanas translucentes chinesas foi mantida por séculos em segredo e redescoberta em Meissen em 1709 por Johann Bottger,[3] no entanto os melhores resultados viriam apenas com a cerâmica de Wedgwood algumas décadas após. As cerâmicas chinesas foram imitadas em Bagdá no século VIII usando pó de cristais de potasssa, óxidos de chumbo e estanho. No século XI a técnica inspirou artesãos da Itália e espanha. No século XII a Pérsia imitava a porcelana chinesa com uma composição de quartzo e vidro em pó. Em 1609 quando a Companhia Holandesa da Índias Orientais começou a importar porcelana chinesa diretamente os artesãos da cidade holandesa de Delft que imitaram seus produtos esmaltados com estanho.[4] O verniz usado pelos holandeses por sua vez foi o desenvolvimento da majolica italiana obtido a partir de um verniz opaco trazido da Babilônia para a Espanha pelos conquistadores mouros no ano 1000 e que foi copiado em toda a Europa Ocidental.[5] Na China a cultura Lung Shan se destacou pela cerâmica de textura preta moldada em roda de oleiro.[6]
[1]GIES,
Frances & Joseph. Cathedral, forge and waterwheel, New York: Harper Collins,
1994, p. 92
[2] http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2012/06/120629_china_ceramica_fn.shtml
[3] SINGER, Charles; HOLMYARD, E. A history of technology, v.II, Oxford,
1956, p.307; SINGER, Charles; HOLMYARD, E. A history of technology, v.IV,
Oxford, 1958, p.338; DERRY, T.; WILLIAMS, Trevor. Historia de la
tecnologia: desde la antiguidade hasta 1750, Mexico:Siglo Vintuno, 1981, p.154
[4] DERRY, T.; WILLIAMS,
Trevor. Historia de la tecnologia: desde la antiguidade hasta 1750,
Mexico:Siglo Vintuno, 1981, p.139
[5] SHAPIRO, Harry. Homem,
cultura e sociedade, Lisboa: Fundo de Cultura, 1972, p. 280
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