Sérgio
Buarque de Holanda, mostra que a frota de Cabral ao chegar na Índia foi
recebida pelo rei de Melinde que mandou o comandante levar a bordo muitas
galinhas, patos, limões e laranjas “as melhores do mundo”. O Piloto
Anônimo acrescenta que “em nossos navios tínhamos alguns doentes da boca
[escorbuto] e com aquelas laranjas ficaram sãos”. De fato, os registros
mostram que apenas três marinheiros morreram de escorbuto na frota de Cabral o
que contrata com navegações posteriores como na viagem de Vasco da Gama em 1502
onde morreram mais da metade da tripulação. Georg Friederici associa as mortes
por escorbuto como uma das razões da decadência da marinha lusitana.[1] O
exemplo mostra que os fundamentos do experimentalismo, neste caso, não foram
absorvidos pelos portugueses.
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