Caio Prado Júnior refere-se a obra de 1926 de Afonso
Taunay História seiscentista da Vila de
São Paulo para registrar a escassez de artesãos na cidade de São Paulo onde
em 1922 viviam apenas treze oficiais artífices. Em toda a capitania do Rio
Grande do Norte no início do século XVIII haviam apenas um ferreiro, um
carpinteiro e um pedreiro. [1] O Almanak Laemmert de 1854 aponta apenas
seis engenheiros no Rio de Janeiro, enquanto que 80 advogados. A primeira
escola de Engenharia no Brasil foi inaugurada em 1858. Em 1870 serão 28
engenheiros e 126 em 1883. Esses números são subestimados pois baseados em
catálogos de profissionais cuja inscrição era opcional. [2] Pedro
Telles aponta que a engenharia no Brasil teve seu primeiro impulso com o ciclo
ferroviário iniciado em 1860 e posteriormente em 1910 com as reformas urbanas e
uso do concreto armado nas construções. [3] Richard
Granham destaca a presença de muitos engenheiros britânicos enre os quais
Charles Neate, Henry Law e John Hawkshaw. Matarazzo foi pessoalmente na
Inglaterra contratar moleiros ingleses para os moinhos de trigo.[4]
[1] JUNIOR, Caio Prado.
Evolução política do Brasil e outros estudos, Rio de Janeiro:Brasiliense, 1972,
p.22
[2] TELLES, Pedro Carlos da
Silva. História da Engenharia no Brasil: séculos XVI a XIX, Rio de
Janeiro:Clube de Engenharia, 1994, p.585, 593
[3] TELLES, Pedro Carlos da
Silva. História da Engenharia no Brasil: séculos XVI a XIX, Rio de
Janeiro:Clube de Engenharia, 1994, p.596
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