quarta-feira, 24 de março de 2021

Pecunia non olet

 

Os assentos eram montados contíguos, sem separação ao longo de um peitoril.[1] A urina, recolhida em vasos especiais, era empregada na limpeza de tecidos pelos tecelões.[2] Vespasiano restaurou um imposto para utilização dos banheiros públicos, o que segundo Suetônio e Dion Cassio levou a Tito reclamar com seu pai que desta forma, não podendo pagar, levaria a cidade e as pessoas em geral ficassem fedendo. Ao que se conta Vespasiano pegou uma moeda de ouro e disse Non olet (não tem cheiro). O episódio deu origem ao brocardo pecunia non olet que estabelece que para o Estado pouco importa se os rendimentos tributáveis não tiveram origem lícita ou moral.[3]

[1] ULRICH, Paul. Os grades enigmas das civilizações desaparecidas, Grécia, Roma e Oriente Médio, Rio de Janeiro, Otto Pierre Ed, 1978, p.123

[2] MUMFORD, Lewis. A cidade na história, São Paulo:Martins Fontes, 1982, p. 238

[3] BEARD, Mary. SPQR: uma história da Roma Antiga, São Paulo: Planeta, 2010, p. 448



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