Na década
de 1720 na Bedford’s Coffee House professores independentes ministravam aulas
de filosofia natural e experimental newtoniana como James Stirling e Jean
Desaguliers.[1] No
início do século XVIII John Harris irá apresentar uma série de palestras
públicas na Marine Coffee House em Londres.[2] Apresentações públicas de divulgação científica foram realizadas em 1731 na
Amsterdam Coffee House em Londres.[3] Em Fleet Street em Londres se tornou ponto de encontro de intelectuais
huguenotes franceses que se reuniam na Rainbow Cofffe House incluindo o
matemático De Moivre, Halley e Newton.[4] Esses salões seguiam o modelo de salões literários que de desenvolveram na mesma
época. Na metade do século XVIII em Paris madame Marie Geoffrin [5] em seu salon reunia a intelectualidade francesa entre os quais grandes
filósofos como Montesquieu e Rosseau. Sociedades literárias como The Club
(1764) [6] organizado por Samuel Johnson e Joshua Reynolds se reuniam numa taberna em
Londres para debater temas diversos e incluía entre seus frequentadores o químico
George Fordyce.[7] Por
volta de 1780 Joseph Priestley, Benjamin Franklin e outros cientistas
reuniam-se no London Coffee House junto ao átrio da catedral de Saint Paul.[8] Mesmo tendo descoberto a água gaseificada Prietsley transferia livremente seus
conhecimentos entre os demais membros do grupo de maneira generosa e exaustiva.
Segundo Steven Johnson: “com o sistema
universitário subsistindo em precárias condições em meio a tradições arcaicas e
laboratórios empresariais de pesquisa e desenvolvimento ainda no horizonte
distante, o espaço publico do café servia como eixo central de inovação na
sociedade britânica [entre 1650 e 1800]”. [9] Para Ian Iankter a abertura do conhecimento técnico e científico para uma
variedade maior de grupos sociais constitui uma fator importante para o êxito
da Revolução industrial na Inglaterra.[10] Para Eric Hosbbawn uma “aristocracia do trabalho” que reunia uma combinação de
antigos artesãos e novos empreendedores na área têxtil e em engenharia fomentou
uma cultura de invenção. Chaloner destaca que estes grupos formados entre
aprendizes de artesãos, reuniões em clubes de comércio e cafés, sociedades de
apoio às artes e instituições educacionais formavam interesses em comum
ampliando a base social de suporte à inovação tecnológica. [11] Kenneth Clark mostra que a ciência no século XVIII tornou-se moda e romântica
como se pode apreender nas obras de Wright of Derby como na tela (na figura) em que mostra
a curiosidade e o assombro de leigos assistindo a uma apresentação científica
com uma bomba de ar.[12]
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