No livro X da Odisseia a deusa Circe é apresentada como polypharmacos
hábil em muitos remédios, símbolo de muitas práticas de magia em Atenas por
volta do século V a.c.[1] As obras reunidas em torno
do chamado Corpus Hippocraticum foram
escritas por diferentes autores da Escola de Alexandria ainda que todas tenham
sido atribuídas a Hipócrates [2] escritos de 430 a 330 a.c [3]. Os únicos conhecimentos
de Hipócrates estão nos Diálogos de Platão [4]. Alguns destes escritos
foram escritos na metade do século V a.c. como o tratado sobre as doenças em
mulheres [5]. Na medicina Hipócrates
entendia que o conhecimento possuía bases distintas da filosofia e não podia
ser baseado em pressupostos, mas na observação dos fenômenos. A medicina hipocrática
é baseada na experiência e observação em contraste com a então escola de
Empédocles e outros.[6] Um dos conceitos
desenvolvidos pela medicina hipocrática era o de probabilidade, dado um
conjunto de sintomas era provável que o paciente sofria de determinada doença,
ou seja, ao contrário das verdades absolutas dos deuses Hipócrates raciocina em
termos de decisões onde o erro é uma parte inerente da decisão.[7] Sobre a epilepsia
conhecida como “moléstia sagrada” resultado do domínio do corpo por espíritos
malignos dirá Hipócrates: “No que se
refere à doença sagrada, os fatos são so seguintes. Esta segundo minha opinião,
não é por nada mais sagrada ou divina que qualquer outra moléstia, mas tem a
mesma natureza de que derivam as outras. Foram os homens que acreditaram que
ela pudesse ter natureza divina, em parte por inexperiência, em parte por não
se assemelhar em nada com qualquer outra”.[8]
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