Embora Anaxágoras e Demócrito
tenham escrito tratados de teoria da perspectiva[1],
para Murillo Cruz será apenas após o século XII com a inauguração nas artes de
uma atribuição lógica de identidade entre o ser a imagem, uma crença na
representação das coisas descritas como fidedignas ao olhar, com a invenção de
um sistema de projeção geométrica por Brunelleschi (1377-1446)[2],
Leon Battista Alberti (1404-1472)[3] no Tratado sobre a Pintura[4] de 1436 e Antonio Manetti (1423-1497)[5] do qual são conhecidas duas experiências importantes para a perspectiva, a
pintura de duas pequenas tábuas ópticas, que hoje se encontram perdidas).
George Sarton observa que Alberti em De
re aedificatoria de 1435 descreve um dispositivo chamado velo para
facilitar o desenho de objetos em perspectiva, possivelmente uma técnica que
compartilhava com Brunelleschi sendo Alberti o primeiro a escrever sobre a
técnica.[6] Paolo Uccello (1397-1475) que publicou Estudo
em perspectiva de um cálice de 1430. George Sarton, contudo, revela que não
há certeza de que este livro de fato tenha sido escrito embora um desenho de um
toro poliédrico chamado mazzocchio feito por Uccello mostra que ele dominava a
técnica de perspectiva (na figura).[7]
[1]DURANDO, Furio. A
Grécia antiga, Barcelona:Folio, 2005, p.135
[2]MORTIMER, Ian. Séculos
de transformações. Rio de Janeiro:DIFEL, 2018, p. 157
[3]McCLELLAN III, James; DORN, Harold. Science and technology on world
history: an introduction. The Johns Hopkins University Press, 1999, p.205
[4]PHILIPPS, Ellen,
Viagens de descobrimento 1400-1500, São Paulo:Time Life, 1991, p.68
[5]BOORSTIN, Daniel. Os
criadores, Rio de Janeiro:Civilização Brasileira, 1995, p.488
[6]SARTON, George. Six wings, men of
science in the Renaissance, Bloomington: Indiana University Press, 1957, p. 24
[7]SARTON, George. Six wings, men of
sicnce in the Renaissance, Bloomington: Indianaa University Press, 1957, p. 24
[8]RONAN, Colin. História
Ilustrada da Ciência: Da Renascença à Revolução Científica. v.3, São
Paulo:Jorge Zahar, 2001, p.59
[9]CORNELL, Tim; MATHEWS,
John. Renascimento v.I ,Grandes Impérios e Civilizações, Lisboa:Ed. Del Prado,
1997, p. 64
[10]CORNELL, Tim; MATHEWS,
John. Renascimento v.I , Grandes Impérios e Civilizações, Lisboa:Ed. Del Prado,
1997, p. 69
[11]PHILIPPS, Ellen,
Viagens de descobrimento 1400-1500, São Paulo:Time Life, 1991, p.68
[12]SARTON, George. Six wings, men of
sicnce in the Renaissance, Bloomington: Indianaa University Press, 1957, p. 24
[13]STEWART, Ian. O
fantástico mundo dos números, Rio de Janeiro:Zahar, 2016, p.328
[14]DERRY, T.; WILLIAMS,
Trevor. Historia de la tecnologia: desde la antiguidade hasta 1750,
Mexico:Siglo Vintuno, 1981, p.334
[15]HALE, John. Idade das
explorações. Biblioteca de História Universal Life, Rio deJaneiro:José Olympio,
1970,p.70; BOORSTIN, Daniel. Os descobridores. Rio de Janeiro:Civilização
Brasileira, 1989, p. 255
[16]DELUMEAU, Jean. A
civilização do Renascimento, Lisboa:Estampa, 1984, v.I, p.172; TATON, René. A
ciência antiga e medieval, tomo I, livro 2, Sâo Paulo:Difusão Europeia, 1959,
p. 159; VASCONCELLOS, Ernesto; GAMEIRO, Alfredo; MALHEIROS, Carlos. In:
História da Colonização Portuguesa no Brasil, Edição Monumental Comemorativa do
Centenário de Independência do Brasil, Porto, Litografia Nacional, 1921, Capítulo
2: A arte de navegar dos portugueses, p. 93
[17]RONAN, Colin. História
Ilustrada da Ciência: Da Renascença à Revolução Científica. v.3, São
Paulo:Jorge Zahar, 2001, p.108
[18]SARTON, George. Six wings, men of
sicnce in the Renaissance, Bloomington: Indianaa University Press, 1957, p. 24
[19]BRONOWSKI, J. A
escalada do homen, São Paulo:Martins Fontes, 1979, p.179
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