sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

O intercâmbio cultural entre Grécia, o Egito e os judeus

 

Segundo Plutarco: “Pitágoras, nativo da ilha de Samos, o primeiro que deu nome à filosofia, defendeu que os princípios das coisas eram os números e as simetrias, ou seja, as conveniências e proporções que tem entre elas, a que ele chama também harmonias, e depois compõe estes dois elementos que se chamam geométricos’” [1]. O pai de Pitágoras era mercador da cidade de Tiro, cidade fenícia do Líbano, onde Pitágoras viajou bastante com seu pai e sofreu a influência do zoroastrismo [2]. Porfírio relata em sua Vida de Pitágoras [3] que Tales e Pitágoras tiveram influência do Egito [4]. Platão também parece ter ido ao Egito.[5] O mercador judeu Jacob d”Ancona ao escrever 1270 faz referência a uma antiga tradição oral judaica: “Os judeus tem motivo para seu orgulho. Pois quem não sabe que nosso profeta Jeremias foi o professor grego de Platão e que o grande Aristóteles, que seu nome fique registrado, aprendeu aos pés de Simão ?”. O Talmud afirma que o rabino Yehoshua bem Chanaya debateu com sábios de Atenas.[6] Leadbeater argumenta que o manuscrito da “Vida de Leland” que teria sido guardado na Biblioteca Bodleian e hoje perdido datado de 1436 se refere sobre a fundação da maçonaria pelos venezianos e que Peter Gower na antiguidade teria viajado ao Egito para sua iniciação, que seria um nome em inglês de origem no francês Pitagore (pronunciado como Petagore), o que comprovaria a relação da escola pitagórica com a maçonaria, no entanto, mesmo maçons como Albert Mackey reconhecem o documento como uma farsa.[7]



[1]LAFONT, Olivier. A química. In: COTARDIÈRE, Philippe. História das ciências: da antiguidade aos nossos dias, Rio de Janeiro:Saraiva, 2011, p.128

[2]HALL, Edith. The ancient greeks, London:Vintage, 2015, p.114

[3]ONCKEN, Guilherme. História Universal. História do Antigo Egito, v.I, Rio de Janeiro:Bertrand, p.326

[4]ALVAREZ, Lopez. O enigma das pirâmides, São Paulo:Hemus, 1978, p.139

[5]STRATHERN, Paul. Platão em 90 minutos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997, p. 16

[6]SELBOURNE, David. Cidade da luz, Rio de Janeiro: Imago, 2001, p. 197, 198

[7]LEADBEATER, C. Pequena história da maçonaria, Rio de Janeiro: Pensamento, 1968, p. 129; MACKAY, Albert. The history of freemasonry, 1898, http://www.freemasons-freemasonry.com/mackeyph10.html



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Doação de Constantino

  Marc Bloch observa a ocorrência de falsificações piedosas tais como a pseudo doação de Constantino ( Constitutum Donatio Constantini ) ao ...