Roger Bacon escreveu
sobre a pólvora por volta de 1260, provavelmente com base em informações de
povos nômades sarracenos, alguns anos antes da viagem de Marco Polo à China (1271-1275)
com histórias sobre a descoberta dos chineses. Marco Polo escreveu seu livro As
viagens de Marco Polo durante em seu cativeiro em Gênova em 1296, numa obra
minuciosa como nenhuma outra até então havia sido escrita sobre a Ásia na
Europa. Portanto Roger Bacon não escreveu com base nas informações de Marco
Polo. Um judeu da cidade de Ancona chamado Jacob d’Ancona também viajou para
China (1270-1273) e também se refere à pólvora pelos chineses: “os
alquimistas de Manci (sul da China) fizeram, por experiência, muitas máquinas, embora
lhes falte a vontade de lutar, das quais eles chamam de raio que abala o ceu,
pois, usando um pó mágico que explode (magico polve che scoppia) e que eles
põem num tubo de ferro ou cobre, lançam um fogo rápido e voador a grande
distância, e para grande dano do inimigo [...] Quando dão banquetes, é costume deles
encher varas de bambu, com seu pó explosivo, ao qual ateiam fogo e se alegram
com as faíscas de luz”.[1] Para
composição da pólvora Bacon usou de um anagrama que uma vez decifrado revelaria
as proporções de sete partes de salitre, cinco de carvão e cinco de enxofre.
Seu enigma permaneceu sem solução por 650 anos até ser resolvido por um coronel
do exército britânico.[2]
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