Existem relatos da utilização da bússola na
Europa no século XII, no entanto, na China o Livro dos Mestre do Vale do Demônio do século IV a.C descreve como
mineiros exploradores de jade utilizavam uma primitiva bússola de magnetita
para encontrar a direção. A tradição de feng
shui (posição adequada) reflete o domínio desta tecnologia. Primitivivamente
os chineses usavam uma técnica de adivinhação resultado do embate das forças do
yin e do yang em que uma colher feita de magnetita ao centro do tabuleiro
representava a Ursa Maior era girada segundo as regras do jogo [1].
Não há evidências de uma transmissão deste conhecimento chinês para a Europa, e
o fato de não haver relatos no mundo islâmico da bússola nesta época, reforça
esta tese.[2] Ian Mortiner argumenta que a bússola e as inovações tecnológicas embora
facilitassem a realização das expedições exploratórias não foram o fator mais
importante para tais realizações.[3] O mercador judeu Jacob d’Ancona que esteve na China em 1270 se refere “a
bússola de Sinim feita com grande engenho e que é muito apreciada pelos
marinheiros desses mares para saberm a posição do navio pelo meridiano quando o
ceu está coberto de nuvens e não se vê nem o sol nem as estrelas”.[4] A bússola era uma caixa ou tigela feita de buxo no centro da qual uma
agulha magnetizada girava sobre um pequeno eixo apontando o sul, tendo todas as
demais direções marcadas na caixa.
[1] BOORSTIN, Daniel. Os
descobridores, Rio de Janeiro:Civilização Brasileira, 1989, p.209
[2] TREVOR, Williams.
História das invenções: do machado de pedra às tecnologias da informação. Belo
Horizonte: Gutenberg, 2009, p.106
[3] MORTIMER, Ian. Séculos
de transformações. Rio de Janeiro:DIFEL, 2018, p. 142
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