O viajante Henry Koster em fins do século XVIII
descreve que “Recife é um lugar próspero,
aumentando dia a dia em importância e opulência”. Os artífices se organizavam
em locais como a rua dos Ferreiros, a rua dos Calafates, a rua dos Carvoeiros,
a rua dos Tanoeiros, a rua dos Barbeiros, dos Ourives e dos Caldeireiros. Lemos
Brito contesta a suposta superioridade da colonização holandesa no Brasil: “dificilmente
o Brasil teria alcançado o desenvolvimento de seu espírito nacional sob o pulso
de ferro dos governos holandeses. A não ser em Recife, onde Maurício de Nassau
se fez cercar de fausto e conforto, construindo moradias e pontes (como a ponte
de Recife) que assegurassem sua defesa e trazendo arquiteto e pintores, tão do
seu refinado gosto, que é que ficou da longa dominação holandesa no Brasil ?”.[1] Antes da inauguração da Ponte do Recife em 1644, atual Ponte Mauricio de
Nassau, projetada pelo arquiteto judeu Baltazar de Affonseca, o Conde de Nassau
divulgou amplamente que na inauguração da ponte faria um Boi Voar, o que foi
possível com uso de um engenhoso mecanismo de cordas e roldanas e um boi
empalhado.
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