quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Cerâmica minoica

 

Os produtos de Creta incluíam cerâmicas, armas de bronze, pedras preciosas gravadas e joias.[1] As primeiras obras de bronze são encontradas no pátio central do antigo palácio de Cnossos em Creta.[2] A cerâmica minoica data de 2000 a.c. consistia de vasos refinados, conhecidos como Kamares, de uma técnica apurada e exportada para os egípcios e encontrada nas escavações do palácio de Cnossos e Phaistos em Creta [3]. Os cretenses inventaram um esmalte usado em suas cerâmicas e que conferia um aspecto lustroso [4]. Na cerâmica cretense destacam-se os vasos de Camares decorados com ornamentos policrômicos, laranja, vermelho, branco sobre um fundo negro [5]. A ourivesaria de artigos de luxo encontradas em Creta mostra oficinas localizadas no interior de enormes complexos palacianos como revelou as escavações em Cnossos.[6] Lindsay Scott destaca que em sua origem a cerâmica era uma tarefa própria das mulheres mas com a invenção da roda e o aumento de produtividade, a fabricação de cerâmicas passou a ser uma atividade exclusivamente masculina tanto em Creta como na Índia, China e Grã Bretanha. A exceção em Creta era o sítio Hebridiano datado de do segundo milênio a.c em que se destacavam as mulheres.[7] Cerca de 2000 a.c. os cretenses concederam direito de asilo a artífices expulsos da Grécia continental levando aos cretenses novas técnicas como a arte de soldar e a utilização do torno de oleiro. As oficinas reais funcionavam dentro do palácio de Cnossos para atender as demandas internas da Corte.[8] Os palácios minoanos eram todos de sistema de água encanada com vasos sanitários com descarga.[9] A civilização cretense foi sucedida pela civilização micênica. [10] Platão em Crítias e Timeu argumenta que os sacerdotes egípcios lhe disseram de uma raça explêndida de gregos helênicos, possivelmente estivesse se referindo aos cretenses. Leadbeater [11]  sugere que vasos minoanos encontrados em Aphidna mostre símbolos maçônicos, no entanto, não há qualquer elemento adicional que fundamente esta teoria.



[1]QUIGLEY, Carroll. A evolução das civilizações, Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1961, p.187

[2]LOON, Hendrick van. As artes. Porto Alegre:Edição da Livraria do Globo, 1941, p. 37

[3]Focus Filmes. DVD. Os segredos da arqueologia. Segredos da ilha de Minos, Novara, Itália, v.5, 2002; DERRY, T.; WILLIAMS, Trevor. Historia de la tecnologia: desde la antiguidade hasta 1750, Mexico:Siglo Vintuno, 1981, p.24

[4]LOON, Hendrick, As Artes, Porto Alegre: Livraria Globo, 1941, p. 111

[5]JARDÉ, A. A Grécia antiga e a vida grega, São Paulo:Epusp, 1977, p.119

[6]DURANDO, Furio. A Grécia antiga, Barcelona:Folio, 2005, p.22

[7]LINDSAY, Scott. The pottery industry. In: SINGER, Charles; HOLMYARD, E. A history of technology, v.II, Oxford, 1956, p.407

[8]ULRICH, Paul. Os grades enigmas das civilizações desaparecidas, Grécia, Roma e Oriente Médio, Rio de Janeiro, Otto Pierre Ed, 1978, p.31, 33

[9]BOWRA, Maurice. Grécia Clássica, Rio de Janeiro: Livraria José Olympio, 1969, p. 33

[10]JARDÉ, A. A Grécia antiga e a vida grega, São Paulo:Epusp, 1977, p.89

[11] LEADBEATER, C. Pequena história da maçonaria, Rio de Janeiro: Pensamento, 1968, p. 85, 72, 88



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