Alguns arúspices romanos faziam suas previsões observando o modo como comiam os frangos; se comessem os grãos deixando cair um pouco no chão era bom presságio, caso contrário os deuses não estavam a favor[1]. Entre os etruscos a observação do voo dos pássaros em uma parte do ceu ou no interior do templum eram usada para presságios[2]. Entre os gregos alguns pássaros eram associados a divindades como o corvo a Apolo de modo que se em um ataque epilético em convulsão gritasse de modo agudo, como ao som de pássaros, acreditava-se que estivesse possuído por Apolo. Na ornitomancia, o presságio era baseado no comportamento de voo e de canto dos pássaros que permitia identificar qual a divindade que estava tentando enviar uma mensagem.[3] Cláudio Pulcro, comandante da esquadra romana na primeira guerra púnica consultou um bando de frangos que levara para observar como comiam e decidir sobre a melhor estratégia. Como os frangos se recusavam a comer Cláudio Pulcro lançou os animais ao mar. Ao final tendo sido derrotado na guerra contra os cartigineses Cláudio foi julgado e condenado por ter ofendido aos deuses com sua atitude.[4]
[1]DEARY, Terry. Terríveis
romanos. São Paulo:Melhoramentos, 2002, p. 23
[2]AYMARD, André; AUBOYER,
Jeannine, Roma e seu império, História Geral das Civilizações, São Paulo:1974,
p. 30, 195
[3]COLLINS, Derek. Magia no
mundo grego antigo, São Paulo: Madras, 2009, p. 66
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