Engenheiros como Vanoccio Biringuccio em De la pirotechnia (1540), Georg Agricola em De re metallica (1555) e humanistas como Juan Vives (1492-1540) (na foto) defendiam a divulgação dos segredos das artes e ofícios, destacando a importância da experiência na formação do conhecimento.[1] Em De tratendis discipinis de 1531 Juan Vives analisa máquinas, a tecelagem, agricultura e navegação. Segundo Vives os camponeses e artífice conheciam melhor a natureza das coisas concretas do que “aqueles grandes filósofos”[2]. Em De Tradentis Disciplinis de 1531 Vives exorta aos estudiosos a não se envergonharem a buscarem os artesãos para que estes revelassem seus segredos de ofício [3] e criticava os pseudo dialéticos que equivaliam ao sapateiro que passasse a vid afiando seus utensílios mas sem nunca os usar[4]. Em De causis corruptarum artium de 1531 Julian Vives escreve que a ciência não é monopólio dos filósofos[5]. Petrus Ramus (1515-1572) acreditava no intercâmbio de ideias entre as artes mecânicas e liberais e na colaboração entre artífices e filósofos[6].
[1]HENRY, John. A revolução
científica e as origens da ciência moderna. Rio de Janeiro:Zahar, 1998, p. 38
[2]HOOYKAAS, R. A religião
e o desenvolvimento da ciência moderna, Brasília:UNB, 1988, p.117
[3]ROSSI, Paolo. Francis
Bacon: da magia à ciência. Curitiba:Ed. UFPR, 2006, p.83
[4]ROSSI, Paolo. Francis
Bacon: da magia à ciência. Curitiba:Ed. UFPR, 2006, p.192
[5]ROSSI, Paolo. O Nascimento da ciência moderna na Europa, Bauru:Edusc, 2001, p.
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