sexta-feira, 17 de julho de 2020

Os escravos e as minas de prata na Grécia


Rostovtzeff destaca que na Grécia do século IV nas oficinas trabalhavam juntos escravos e libertos[1], reunindo em torno de vinte trabalhadores em cada oficina em um trabalho altamente especializado. Plínio em História Natural mostra que em Aegina[2] na fabricação de candelabros, por exemplo, um primeiro grupo trabalha numa cidade para fabricar os braços de metal, enquanto que outros grupos trabalhando em cidades distintas fabricam o pé, o pedestal e as lâmpadas a serem colocadas nos braços.[3] A figura mostra placa encontrada no santuário de Poseidon, próximo de Corinto datado do século VI a.c que mostra o trabalho nas minas trabalhando à luz de uma lâmpada ao centro.[4] Archiv fur Kunst und Geschichte.[5] Em Laurion se encontravam as mais ricas minas de prata da Grécia extraído por quase trinta mil escravos, produção que foi decisiva para a construção da frota ateniense que triunfou sobre os navios persas em Salamina. [6]



[1] MUMFORD, Lewis. A cidade na história, São Paulo:Martins Fontes, 1982, p. 185
[2] KLEMM, Friedrich, A history of western technology, London:Ruskin House, 1959, p. 30
[3] ROSTOVTZEFF, M. História da Grécia. Rio de Janeiro:Zahar, 1983, p.221
[4] ROSTOVTZEFF, M. História da Grécia. Rio de Janeiro:Zahar, 1983, p.82; DERRY, T.; WILLIAMS, Trevor. Historia de la tecnologia: desde la antiguidade hasta 1750, Mexico:Siglo Vintuno, 1981, p.180; KLEMM, Friedrich, A history of western technology, London:Ruskin House, 1959, p. 49
[5] DUNAN, Marcel; BOWLE, John. Larousse encyclopedia of ancient & medieval history, Paris:Larousse, 1963, p.114
[6] ANDERSON, Perry. Passagens da antiguidade ao feudalismo, Porto: Afrontamento, 1982, p. 42



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