Cidades Estado italianas como Gênova e Florença como forma de competir com a posição de Veneza buscavam rotas alternativas de comércio e chegaram a participar nas expedições marítimas portuguesas financiando a construção da caravela Anunciada da frota de Cabral que viria descobrir o Brasil, ao mesmo tempo que Alberto Cantino participara do mesmo empreendimento como espião levou a carta de navegação conhecida como carta de Cantino com as descobertas portuguesas ao duque de Ferrara.[1]Numa frota organizada pela Coroa portuguesa ao Brasil em 1505 encontramos três naus de um consórcio de alemães e outra de comerciantes italianos entre os quais o mercador banqueiro fiorentino Bartolomeu Marchione.[2]Em 1500, Bartolomeu Marchione em consórcio sediado em Florença e com outro mercador florentino (Girolamo Sernigi), um genovês (Antonio Salvago) e Álvaro de Bragança, tio de D. Manuel, armou a Anunciada, uma das naus da frota de Cabral[3]. Este poderoso consórcio já havia participado da expedição de Vasco da Gama[4].
[1] BUENO, Eduardo. A viagem do descobrimento: a verdadeira história da expedição de Cabral. Rio de Janeiro:Objetiva, 1998, p. 28, 102; HALE, John. Idade das explorações. Biblioteca de História Universal Life, Rio deJaneiro:José Olympio, 1970, p.79
[2] COSTA, Sergio Correa da. Brasil, segredo de Estado, São Paulo:Record, 2001, p. 67
[3] BRUSCOLI, Francesco Guidi. Bartolomeo Marchionni: um mercador-banqueiro florentino em Lisboa (séculos XV-XVI), Le nove son tanto e tante buone, che dir non se pò Lisboa dos Italianos: História e Arte (sécs. XIV-XVIII), Lisboa, 2013, p. 39-60
[4]ALBUQUERQUE, Manoel. Pequena história da formação social brasileira, Rio de Janeiro: Graal, 1981, p. 150
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