Um tratado de Abu al Jazari de 1206 sobre aparelhos mecânicos mostra relógios movidos a água com alavancas e mecanismos aperfeiçoamentos dos usados por Heron de Alexandria.[1] O tratado descreve relógios de água e sofisticados autômatos musicais entre os quais um tambor composto por quetro figuras em um barco.[2]Entre suas invenções está a cambota um mecanismo que converte o movimento linear de um pistão em um movimento circular.[3]Al-Jazari projeta diversos autômatos para coletar e transportar água. Do alto do domo do palácio em Bagdá um autômato na forma de cavaleiro armado apontava sua lança para qualquer direção de onde viesse um perigo militar[4]. O seu Livro dos conhecimentos de aparelhos mecânicos engenhosos contém mais de 50 invenções mecânicas com desenhos detalhados como bombas de sucção. O tratado de Jazari contém as descrições de nove relógios d’água. De acordo com Charles B. Fowler, Jazari projetou autómatos de uma espécie de banda musical que demonstrava mais de cinquenta movimentos de corpo e de face diferentes durante cada seleção musical. Sua "fonte de pavão" era outro dispositivo sofisticado de lavagem das mãos. Mark E. Rosheim descreve o mecanismo: "Puxar um alavanca na cauda do pavão libera água do bico; quando a água suja da bacia enche a base oca, um flutuador sobe e aciona um elo que faz com que uma figura apareça por trás uma porta embaixo do pavão e oferece sabão. Quando mais água é usada, um segundo flutuador em um nível mais alto tropeça e causa a aparência de uma segunda figura com uma toalha! "[5]
[1] RONAN, Colin. História Ilustrada da Ciência: Oriente, Roma e Idade Média. v.2, São Paulo:Jorge Zahar, 2001, p.119
[2] LYONS, Jonathan. A casa da sabedoria, Rio de Janeiro: Zahar, 2011, p.117
[3] MAHAJAN, Shobhit. História das invenções, Berlim:Verlag, 2008, p. 29
[4] CLARK, Peter. A evolução das cidades, História em Revista, Rio de Janeiro:Time Life, 1993, p.71
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