Segundo Guiberto de Nogent o papa Urbano II em seu
discurso de convocação da primeira cruzada em 1095 teria feito referências ao
anticristo e ao retorno glorioso de Cristo, no entanto, outros cronistas
omitiram tal trecho. A perspectiva escatológica continuará presente nos
trabalhos de Joaquim de Fiori que previa a mudança de século XIV como uma nova
era de paz e prosperidade. Para Joaquim de Fiori a história da humanidade é
marcada pelo progresso em três etapas: a primeira presidida pelo Pai e narrada
no Antigo Testamento. A segunda conduzida por Jesus e narrada no Novo Testamento
e finalmente a terceira etapa presidida pelo Espírito Santo que trará a
compreensão das escrituras em especial do Apocalipse que em seus cálculos teria
início efetivo em 1260.[1] A bula
papal do ano do jubileu de 1300 assinada pelo papa Bonifácio VIII em 1300
concedia remissão dos pecados aos romanos que visitassem os santuários de São
Pedro e São Paulo em Roma.[2] Daniel
Rops observa que no século XII de Joaquim de Fiore (1135-1202) o número de
videntes e profetas aumenta significativamente, entre as quais se destacam
Santa Hildegarda de Bingen (1098-1179) canonizada no século XVI e Santa Isabel
de Schonau (1129-1164).[3]
[1] COSTA, José Silveira
da. A escolástica crsitã medieval, Rio de Janeiro, 1999, p.52
[2] CASAGRANDE, Carla;
VECCHIO, Silvana. Pecado. In: LE GOFF, Jacques;
SCHMITT, Jean Claude. Dicionário
analítico do Ocidente medieval. v.II, São Paulo:Unesp, 2017, p. 402
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