segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Grande galeria da pirâmide de Quéops

 

Desenho de Luigi Mayer (1755-1833) mostra a Grande Galeria da pirâmide de Quéops que mostra a precisão com o qual os blocos de pedra eram fixados uns ao lado dos outros. A altura de 8.5 metros da Grande Galeria parece supérflua porque o sarcófago passaria com folga com a metade desta altura. De qualquer forma o sarcófago não conseguira atravessar a estreita passagem ascendente. A passagem ascendente e a câmara real foram lacradas com três blocos de granito maciços enormes[1]. O declive íngreme conduzia à Câmara Funerária do Rei onde o sarcófago foi encontrado vazio[2]. Os blocos de granito desceram por meio desta rampa fechando o túmulo para sempre. A passagem de baixo conduz à que como “câmara da rainha”.[3] Para o astrônomo Richard Proctor a Grande galeria era usada como observatório astronômico antes de concluída  colocação do teto.[4] Para Helena Blavatski o túmulo de granito era usado como pia batismal para os iniciados[5], tese de uso da pirâmide para rituais de iniciação também defendida por Bruchet (1965), o filósofo orientalista do século XIX Schwaller de Lubicz e Roselis von Saas radicada no Brasil. Lauer também admite uma possibilidade esotérica na construção da pirâmide de Quéops.[6] Segundo David Silverman a Grande Galeria é um espaço magnificente com um espetacular teto ascendente de 26.2 metros de altura sem nenhum método de suporte. Este usa o método avançado denominado mísula em que nesse tipo de sistema de teto cada escalão subsequente inclina-se progressivamente adentro, à medida que seu caminho conduz à câmara de sepultamento[7]

[1] DANIKEN, Erich von. Os olhos da esfinge, São Paulo:Melhoramentos, 1991, p.133; ANGELL, Christopher. Dentro das pirâmides do Egito. Seleções do Reader’s Digest, Os últimos mistérios do mundo, Lisboa, 1979, p.200; VERCOUTTER, Jean. Em busca do Egito esquecido. Rio de Janeiro:Objetiva, 2002, p.46

[2] ALVAREZ, Lopez. O enigma das pirâmides, São Paulo:Hemus, 1978, p.34

[3] WESTWOOD, Jenifer. Lugares Misteriosos, Vol. 1, São Paulo:Ediciones del Prado, 1995, p. 64; EDWARDS, J. As pirâmides do Egito, Rio de Janeiro:Record, 1985, p.107

[4] WEST, John Anthony. The traveler’s key to ancient Egypt, New York:Quest, 2012, p. 92

[5] WEST, John Anthony. The traveler’s key to ancient Egypt, New York:Quest, 2012, p. 97

[6] POCHAN, André. O enigma da grande pirâmide, Rio de Janeiro: Difusão, 1977, p. 165

[7] DAVID, Silverman. Introduction to Ancient Egypt and Its Civilization, Semana 5, The pyramids and the Sphinx  Part 6, 2021 https://www.coursera.org/learn/introancientegypt/lecture/SxIr7/the-pyramids-and-the-sphinx-part-6



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