segunda-feira, 10 de maio de 2021

A lenda de Aracne

 

Uma ânfora grega do século VI a.c revela fiandeiras e tecelões, prática que Homero se refere ao descrever Penélope ou Circe.[1] Entre os gregos Atená é a deusa protetora das fiandeiras, tecelãs e bordadeiras. Das filhas de Zeus, Atropos, Lacquesis e Cloto são fiandeiras que tecem nos infernos os destinos de cada ser humano[2] A mortal Aracne adquiriu a perfeição na arte de tecer e bordar desafiando a deusa da sabedoria Minerva/Atena. Na competição Aracne escolheu como tema de seus bordados assuntos destinados a provar os enganos e erros dos deuses, como a cena que mostra Europa iludida por Jupiter sob a forma de um touro ou as traições amorosas de Zeus, pai de Minerva. Indignada com o insulto Minerva rasgou o tecido de Arcane fazendo-lhe em pedaços, e transformando Aracne em uma aranha. Esta a origem do termo aracnídio[3].

[1] DERRY, T.; WILLIAMS, Trevor. Historia de la tecnologia: desde la antiguidade hasta 1750, Mexico:Siglo Vintuno, 1981, p.120

[2] GRIMAL, Pierre, A mitologia grega, São Paulo: Brasiliense, 1953, p. 52, 62

[3] BULFINCH, Thomas. O livro de ouro da mitologia, Rio de Janeiro: Ediouro, 2003, p. 130



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