Os grandes enciclopedistas do período romano Plínio o
Velho (c. 79), Macróbio (c. 400) e Martianus Capella (c. 420) seguiam a
cosmologia das esferas da Grécia tal como exposta por Platão no Timeu e em Sobre
os ceus de Aristóteles, pela qual a esfera terrestre ocupa o centro do
universo. No capítulo 64 de História Natural, Plínio o Velho descreve “Todos
concordam que a terra tem a forma da figura mais perfeita. Sempre falamos da
esfera da terra, e admitimos que seja um globo delimitado por pólos. Isto não
tem de fato a forma de uma esfera absoluta, tendo em vista o número de
montanhas elevadas e planícies; mas se a terminação das linhas seja delimitada
por uma curva, isso seria compor uma esfera perfeita. E isso nós aprendemos argumentos
extraídos da natureza das coisas, embora não a partir das mesmas considerações
que usamos com respeito aos céus. Pois nestes a convexidade oca em todos os
lugares se inclina sobre si mesmo e se apóia na Terra como seu Centro.
Considerando que a terra se eleva sólida e densa, como algo que incha e se
projeta para fora os céus se curvam em direção ao centro, enquanto a terra vai
de o centro, o contínuo rolar dos céus sobre ele forçando seu imenso globo na
forma de uma esfera”.[1] A
colossal estátua no Palazzo Spada em Roma, diante da qual Julio Cesar foi
assassinado, mostra Pompeu como conquistador do mundo representado por um globo [2].
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