Em tumbas encontradas em Ur por Leonard Wooley
estão presentes arcos utilizados em abóbodas simples [1].
As abóbodas, das quais os babilônios eram mestres, consiste na redução gradual
da largura das galerias á medida em que se aproxima do teto a fim de que este
seja o mais estreito possível reduzindo-se assim a necessidade de uma
cobertura, como podemos observar por exemplo na necrópole de Mugheir onde se
observa uso de abóbodas de peças
balanceadas[2].
As abóbodas simples conhecidas como abóbodas de berço podem ser observadas nas
galerias de descarga de águas pluviais
dos principais palácios. Ao lado da manufatura de tapetes de Sardes, Xenofonte
menciona outra na Babilônia. Um “tapete” de pedra que data do século VII a.c
foi encontrado em Nínive.[3] Strabo nos informa que "todas as casas na Babilônia eram abobadadas por
causa da escassez de madeira”. Um dos arcos mais antigos descobertos na Babilônia
foi encontrado na antiga cidade de Nippur datado de 2700 a.c.. Trata-se de um
verdadeiro arco de pedra angular em formato pontiagudo de cerca de apenas
sessenta centímetros de altura e tendo um vão de cerca de trinta centímetros,
enquanto seu comprimento é de cerca de três metros. Um arco similar foi
encontrado em Tello. Em aquedutos encontrados em diversos palácios, tanto em
Nimrûd como em Kouyunjik ou Khorsabad podemos encontrar diversos exemplos de
aplicação do princípio do arco de diferentes formas tais como redondos, elípticos
ou pontiagudos.
[1]GOWLETT, John.
Arqueologia das primeiras culturas. Barcelona:Folio, 2008, p.193; QUIGLEY,
Carroll. A evolução das civilizações, Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1961,
p.158; MATTOSO, Antonio. História da civilização, Lisboa:Ed Sá da Costa, 1952,
p.120
[2]CARVALHO, Benjamin de
Araújo. A história da arquitetura, Rio de Janeiro:Edições de Ouro, p.93
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